segunda-feira, 24 de novembro de 2014

Ó mar salgado, quanto do teu sal são lágrimas de Portugal! (*)


Ai Sócrates, como há tanto para escrever nem sei como começar. Duvido que o próprio do filosofo tenha tido tanto protagonismo como tu nestes últimos dias, e olha que ele também foi a julgamento.
Mediatismos à parte, este fim-de-semana surpreendeu-me, não por José Sócrates ter sido detido, preso ou ter andado num simples Opel Corsa... até porque na minha ilha há um costumo muito enraizado: não nos devemos contentar com as desgraças dos outros.
Não serei eu o juiz deste caso, nem pretendo escrever uma lista de desagravos ao senhor engenheiro. Mas a verdade é que houve consequências irreversíveis com o Freeport, as escutas destruídas, a face oculta, as leis injusta o aborto livre, educação sexual imposta a crianças, ideologias do género, as luvas brancas, os prédios de luxo em Lisboa e em Paris, as fraudes, as mentiras etc.
Só que neste fim de semana percebeu-se que é possível fazer-se justiça.
Por isso fiquei feliz porque perante este nevoeiro que é Portugal viu-se lá ao fundo, não foi D. Sebastião, mas a senhora dona justiça, uma justiça mais nítida, mais palpável e sobretudo uma justiça mais justa (desculpem a redundância, é da dislexia) uma justiça que não tem medo de julgar os políticos.
Portugal precisava disto.
Agora esperemos que esta justiça não seja uma ilusão ótica no meio deste nevoeiro que é Portugal.
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(*) Mar Português, Fernando Pessoa
 
 
 

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